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A via crucis do corpo
Edição comemorativa
Autor: Clarice Lispector
Editora: Rocco
Colaboradores: Licia Manzo
Avaliação: 
R$ 44,90 á vista
Em até 4 de 11.22 s/juros
Quantidade:
Código: 9786555320367
Categoria: Contos e Crônicas
Descrição Saiba mais informações
Cuidado, leitor, este livro requer coragem. Parece ser o desafio lançado por Clarice Lispector no prefácio "Explicação" de 
                    A via crucis do corpo, livro de 1974. Nele, a autora simula uma Clarice diferente da que os leitores estavam acostumados desde sua primeira obra, 
                    Perto do coração selvagem, de 1944. No entanto, ela é a mesma de sempre, a que nunca se recusou a fitar com os olhos abertos a selvageria do desejo humano, da avidez humana, da sordidez humana. O que se modificou foi o espanto se convertendo em escândalo, o sobressalto em ferocidade. Neste livro, Clarice está próxima à literatura maldita ou, como quer Georges Bataille, próxima à literatura do mal. Afrontando os limites morais, a autora adverte: "Fiquei chocada com a realidade. Se há indecências nas histórias a culpa não é minha." O deslocamento da noção de indecência para o âmbito total da realidade cria um estado de perplexidade no leitor que poderá levá-lo a exclamar como a própria narradora de um dos contos: "A vida era isso, então? essa falta de vergonha?" São 14 textos ficcionais – 13 contos mais o prefácio "Explicação" – compondo para o leitor um panorama de vicissitudes do corpo – o grande personagem destas histórias. O corpo nos seus desarranjos pulsionais, na tirania de seus desejos, nas suas fraturas e feridas, nos seus êxtases. O corpo como bênção e maldição. Como tudo que excede, o que sobra, mas que não chega nunca a suprir a falta primordial. Enigmático e severo, óbvio e exultante.
                    
Além do ousado tratamento temático da paixão do corpo (paixão entendida etimologicamente como pathos), o estilo de Clarice está mais depurado e enxuto neste pequeno livro. À primeira vista, se poderia pensar no estilo realista. Não se engane, todavia, leitor: nada é tão simples nem tão evidente quanto parece. O realismo destas histórias encontra-se sob forte pressão e o efeito é sempre desconcertante, tal como no detalhe final do fecho narrativo do conto "Melhor do que arder":
"Tiveram quatro filhos, todos homens, todos cabeludos."
Aceite o desafio e enfrente o desconcerto, caro leitor. A literatura de Clarice tem força.
— ANA CRISTINA CHIARA, Profª. Adjunta de Literatura Brasileira na UFRJ
Além do ousado tratamento temático da paixão do corpo (paixão entendida etimologicamente como pathos), o estilo de Clarice está mais depurado e enxuto neste pequeno livro. À primeira vista, se poderia pensar no estilo realista. Não se engane, todavia, leitor: nada é tão simples nem tão evidente quanto parece. O realismo destas histórias encontra-se sob forte pressão e o efeito é sempre desconcertante, tal como no detalhe final do fecho narrativo do conto "Melhor do que arder":
"Tiveram quatro filhos, todos homens, todos cabeludos."
Aceite o desafio e enfrente o desconcerto, caro leitor. A literatura de Clarice tem força.
— ANA CRISTINA CHIARA, Profª. Adjunta de Literatura Brasileira na UFRJ
| Acabamento | Brochura | 
|---|---|
| Páginas | 80 | 
| Formato | 21 x 14 x 2 | 
| Lombada | 2 | 
| Altura | 2 | 
| Largura | 14 | 
| Comprimento | 21 | 
| Data de publicação | 16/11/2020 | 
| 1 | |
| Código de Barras | 9786555320367 | 
| Tipo | pbook | 
| Número da edição | 1 | 
| Subtitulo | Edição comemorativa | 
| Classificações BISAC | FIC029000; FIC019000 | 
| Classificações THEMA | FYB; FB | 
| Idioma | por | 
| Peso | 0.099 | 
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